"Eu e o meu Tesouro de 25 anos atrás!"
“Por quê?
O motivo é muito simples:
ler e viver aventuras!
Nossa fantasia é estimulada pelas ilustrações que, com o texto, nos fazem vibrar de emoção.
O livro está aí,
todo enfeitado para a delícia da aventura.
Há novidades espalhadas pra você
poder crescer!”
O TESOURO DE JOÃOZINHO, com texto de Ivan Engler de Almeida e ilustrações de Maria Aparecida Rodrigues (Editora do Brasil), não foi apenas um livro de Literatura para crianças que eu precisei ler no colégio há 25 anos... foi e é um verdadeiro Tesouro para a minha vida de leitor! Tive o grande privilégio de estudar num colégio interessante do Pré-primário até a 8ª série (1984 a 1993) e de ter uma mãe que comprava livros de Literatura para mim. Curiosamente, todos os livros que o colégio adotou eram editados pela Editora do Brasil... vejam:
O TESOURO DE JOÃOZINHO, de Ivan Engler de Almeida e com ilustrações de Maria Aparecida Rodrigues;
PROFISSÃO ESPERANÇA, de Caio Porfírio Carneiro (capa de Terê e sem ilustrações de miolo);
OS DESAFOS DE KAÍTO, de Assis Brasil (capa de Wanda Cardim e sem ilustrações de miolo);
TANTAS HISTÓRIAS TEM O TEMPO..., de Lino de Albergaria (capa de Terê e sem ilustrações de miolo);
O JACAREZINHO EGOÍSTA, de Chloris Arruda de Araújo e com ilustrações de Gustavo Pires da Silva e;
OS TRÊS IRMÃOS, de Vicente Guimarães e com ilustrações de Mirtes Cristina Sada.
Os ilustradores não ganham créditos nas capas...
Caros, como vocês podem perceber, a minha grande paixão pela Literatura Infantojuvenil vem de décadas atrás... Vocês também ainda guardam os seus livros de Literatura do Ensino Fundamental 1 (antigo Primário)?! Quais são? Que autor? Que ilustrador? Qual editora? Que ano foi?
Uma cena que nunca sairá de minha mente é uma em que a minha mãe lê um livro de Literatura para o Rafael, meu irmão – ele 8 e eu 6 anos na época. Minha mãe para a leitura e fita os olhos em mim dizendo: Você em breve também saberá ler! Estas palavras nunca saíram de dentro de mim!
Rafael, no Primário, não gostava de ler os livros do colégio e, com isso, minha mãe os lia em voz alta para ele fazer as provas... lembro muito bem de dois livros: O CACHORRINHO SAMBA (Ática) e CORAÇÃO DE VIDRO (Melhoramentos).
Quando trabalhei na reedição/nova ortografia de CORAÇÃO DE VIDRO, de José Mauro de Vasconcelos e capa de Rui de Oliveira, na Melhoramentos, me vinha sempre o Rafael criança precisando ler esse livro... acho que até liguei para ele na época!
Voltando ao TESOURO DE JOÃOZINHO!
É um tesouro mesmo! Ilustrações que me marcaram, capa colorida e alegre e o principal: o protagonista Joãozinho é o grande herói da trama! O autor aqui não subestima a criança, ao contrário, o pai sofre uma grande perda financeira e é socorrido com o dinheiro do filho.
“-Papai, aqui estão trezentos e cinqüenta mil cruzeiros de minhas economias. Ganhei-os com a criação de galinhas caipiras, iniciada com aquela inesquecível que morreu no lago. Pegue-os, com eles o senhor poderá iniciar uma nova criação de galinhas leghorns.”
Vejam a minha letra da época:
Infelizmente, não achei a biografia do autor e da ilustradora na internet. Reflexo de uma sociedade que ainda acredita que a Literatura Infantojuvenil seja uma arte menor. Este blog luta para que essa realidade mude, pois o que seria de nós sem os nossos livros na infância!
Despeço-me com muita alegria, pois Passarinho e Joãozinho se encontraram e, nesta semana, recebi um original infantil para a minha primeira leitura crítica! Leitura que me ajuda a concretizar o meu sonho de viver respirando Literatura Infantojuvenil! Por favor, desejem-me sorte, pois é uma responsabilidade muito grande entregar um parecer, favorável ou não, a um escritor que sonha ver a sua história publicada por uma boa editora!
Amigos, um ótimo final de semana e até sexta!
Dia 04 Passarinho encontrará FABÍOLA FOI AO VENTO (DCL), de Ricardo Benevides com ilustrações (belíssimas) de Loly & Bernardilla.
Agradecimentos:
A todos que me emocionaram com compartilhamentos no facebook e com comentários belíssimos sobre o texto “Marina Colasanti é a mulher da minha vida!”, principalmente estes dadivosos, que tiveram a gentileza de postar no PASSARINHO as suas impressões:
Heloisa Leandro, Rafael Mussolini, Joel Costa Mar, Pablo Morenno, Henriette Effenberger, Rômulo Ribeiro e Ronize Aline.
Renato Coelho
Apaixonado pela Literatura Infantojuvenil.
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Da minha infância relembrei a leitura de toda a obra de Monteiro Lobato, a história inesquecível do 'Pinocchio' original de Collodi (com suas ilustrações em preto e branco marcantes) além de todas as histórias de contos de fadas, sempre politicamente incorretas (!) que me deram asas.
ResponderExcluirDepois, veio 'Meu Pé de Laranja Lima' inesquecível e um suceder de clássicos como: José de Alencar, Graciliano Ramos, Eça de Queiroz, além do maravilhoso Machado de Assis. E Jorge Amado não podia faltar, com seu estilo escancarado e debochado, cuja leitura se fazia escondida... Bons tempos aqueles!
Depois veio a leitura dirigida aos filhos, como se esquecer da série 'Cachorrinho Samba'? E como não lembrar dos maravilhosos Marcos Rey e Pedro Bandeira, que povoaram a infância de muitas crianças?
Agora, com os netinhos ainda pequenos, já separo tudo o que eu gostaria que eles lessem!
E, mesmo fascinados pelos aplicativos da Apple, eles não podem deixar de se apaixonar pelos nossos grandes escritores, tanto os contemporâneos quanto os que já se foram, sempre eternos.
Adoráveis lembranças de um tempo muito bom.
ResponderExcluirNão sito falta da presença física de meus amigos de infância, Pedinho, Narizinho, Emília, Visconde, Dona Benta....... Eu nunca fui de guardar livros, não via muito sentido, já que eles, depois de lidos, faziam parte da minha memória e não da minha estante, sempre tive o maior prazer em repassar para alguém, um bom livro, queria que aquela pessoa pudesse ter essa mesma experiência, isto eu trago comigo desde sempre, mas confesso agora, que vendo os seus, Renato, fiquei com um pouco de saudades dos meus....... rsrsrs.
Mas continuo achando que um livro na rua, vale mais que mil nas estantes. Eu fico muito feliz de ter conseguido repassar isso para o meu filho, que me surpreendeu em um natal passado com um livro, lido por ele e com a seguinte dedicatória...... "Pai, com você eu aprendi que a beleza de um livro é ficar na nossa cabeça e não na nossa estante. É com essa mentalidade que eu dedico este livro a você nesse natal numa pequena mostra de uma das várias lições que aprendi com você mas nunca pude dizer"
Agora, imagina um pai babão, recebendo isso do meu lindo Filósofo....... acho que a tremedeira nas pernas estão até hoje!!!!!!!!!
Parabéns pelo belo trabalho Renato........ nos vemos na semana que vem!!!!!!!
A tremedeira e a concordância..... rsrsrsrsr.
ResponderExcluirEsse texto fez eu me lembrar de alguns episódios da minha infância e que me levaram de encontro à leitura. Minha trajetória foi bem parecida: a sorte de uma escola que valoriza o livro e uma mãe leitora.
ResponderExcluirCertamente as minhas melhores lembranças de infância estão relacionadas à leitura e à literatura, pois tanto minha mãe, como minhas tias tinham o hábito de ler e de me contar histórias, desde que eu era muito pequena. Minha tia Joana dizia que leu e me contou tantas vezes a história O lobo e os sete cabritinhos que eu, por volta dos três anos de idade, contava a todos a história do livro, mostrando as figuras, como se já soubesse ler. O meu tio Flávio me ensinou a ler quando eu tinha entre cinco e seis anos, muito antes do meu primeiro ano de escola. Quinzenalmente ele me trazia livrinhos de história, de São Paulo, onde trabalhava, e só me dava o novo livro quando eu tivesse lido e contado a ele a história do livro anterior. Aos oito ou nove anos de idade, quando minha mãe começou a trabalhar no Parque Infantil da Estrada de Ferro Bragantina, devorei todos os livros da Coleção Contos de Fadas, Contos da Carochinha, Contos dos Irmãos Grim e de Andersen, disponibilizados na Biblioteca do Parquinho.
ResponderExcluirPor volta dos dez anos de idade conheci Narizinho, Emília, Pedrinho e a partir de então mudei minha alma de criança para o Sítio do Pica-pau Amarelo e, certamente, li todos os livros de Monteiro Lobato.
Foi por essa época que, em um de meus aniversários, ganhei de meu pai três livros de Monteiro Lobato: Viagem ao Céu, Serões de D. Benta e A chave do Tamanho e as pessoas de casa se surpreenderam por eu ter lido os três em menos de uma semana. Cada um deles com mais de duzentas páginas. Ainda hoje, procuro nos sebos, a coleção completa (daquelas antigas, de capa dura e verde) das histórias infantis de Monteiro Lobato, presente que quis tanto e não ganhei quando criança, sob o pretexto que eu já tinha a coleção completa, embora os livros tenham sido comprados de forma avulsa.
Passarinho, me perdoe por escrever tanto, mas não me contive diante deste tema.