Hoje é dia de Marina

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Espalhei os livros da Marina Colasanti, hoje, sobre a cama, e logo percebi que todo aquele espaço era pequeno demais para eles.
Minha cama ficou pequena demais diante do meu grande amor pela Marina.
Hoje é dia de Marina porque essa grande mulher comemora mais uma primavera. E minha alegria também não cabe no meu coração por causa disso.
Marina, obrigado por tudo. Seus livros nos engrandecem, e a sua amizade transborda o meu coração de felicidade.

Estive com Marina Colasanti em 2013, 2014 e 2015. 2016 ainda não, e acho que irei até o Rio para revê-la. Para mim já ficou inadmissível viver um ano sem, ao menos, ter um pouquinho de Marina.
Em 2013 vi Marina aqui no Sesc da Vila Mariana, e Lúcia Hiratsuka tirou uma foto nossa. Das fotos especiais.
2014 vi Marina na cerimônia do Jabuti, na qual a escritora levou o Jabuti Ficção do ano pelo livro Breve história de um pequeno amor (FTD), um livro para infância necessário. Noite emocionada.
2015 vi Marina mais vezes por conta da Passarinho. A vi duas vezes no Salão da FNLIJ, nos vimos no Festival Literário Internacional de Belo Horizonte, e no Maio Cultural de Bragança Paulista.
Fiquei emocionado com a sua aula - com toda propriedade do mundo - sobre Pinóquio, no Salão da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, no Rio.
Virei estátua - viu, Stella Maris Rezende? - quando Marina leu Pinóquio no original.
No Fli-BH na hora da foto, minha máquina já querendo partir, não funcionou... Eu disse me referindo à moça tão gentil que estava ali com a minha câmera: - Ela não conseguiu... Marina me cortou na hora: - Não, quem não conseguiu foi a sua máquina! Como não amá-la?!
E falando em Bragança Paulista, tudo perfeito. Esperei Marina no aeroporto e fomos de carro para Bragança viver o Maio cultural da cidade.
Fomos conversando o tempo todo, e quando chegamos lá eu disse: - Que pena, já chegamos! :>)

Marina, preciso revê-la também em 2016.
Marina, que o seu dia hoje esteja sendo dadivoso. Desejo-lhe felicidades infinitas, amor eterno, livros sem fim, flores - lembra do pé de rosas que te deixou encantada quando estávamos a caminho do teatro em Bragança Paulista? - muita saúde, enfim, desejo a você todos os melhores desejos do mundo!
Um grande beijo do Passarinho.

Stella Maris Rezende é eterno maravilhamento!

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Stella Maris Rezende retrata o olhar poético de uma menina como fonte de eterno maravilhamento pelo mundo.

Sempre que vou escrever sobre um livro para crianças, aqui no blog, leio a história em voz alta, mas com "A poesia da primeira vez" eu não consegui, a voz embargada não me deixou.
"A poesia da primeira vez", da editora Globo, texto da adorável Stella, ilustrações do Laurent Cardon e caprichada edição da Camila Saraiva, é dos livros para infância que mais me impactaram, impacto tão imenso que só consegui escrever agora.
Pequenininha, a menina que adora palavras novas e quando as descobre vira estátua, passa por situações bem delicadas e a sua história poética mas sofrida desmistifica a felicidade infantil permanente. Stella, nesse livro de alma, poesia e da vida como ela é, retrata a criança com as suas descobertas reais:ruins e boas, como a vida.

Stella, sobretudo, encanta e respeita a criança leitora com a história da Pequenininha. Os livros dessa fada das palavras é a extensão da Stella, uma mulher escritora encantadora. "Voos e sonhos na mata", meu primeiro livro juvenil, como editor na Passarinho, recebeu um texto de quarta capa inesquecível dessa mineira; e Stella foi além, como sempre em tudo o que faz, ela não só está na quarta capa como me ajudou imensamente no processo da edição como um todo. Enfim, meu amor por essa escritora daria outro texto e ele virá em breve, e como não bastasse, fui eu quem lhe deu a notícia do Prêmio APCA, que com isso, me tornei o "rapaz das boas notícias!" :>))

"A poesia da primeira vez" é uma história de amor.
Amor de filha pra mãe, de mãe pra filha, de amigo pra amigo e de escritora para leitor.
O leitor, ao se deparar com Pequenininha, que de pequena não tem nada, se agiganta com a poesia existente na vida de uma criança, que apesar de tudo, quer viver intensamente, quer estar atenta a tudo, quer ser criança.
Stella, obrigado pela poesia e por iluminar, ainda mais, a infância.

Eloí Bocheco estará no ninho na próxima sexta, 04 de março.


Feliz aniversário, Maria Helena Bazzo!

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Sexta, 20 de março de 2015, estou em Joinville para lançar, com a escritora Maria Helena Bazzo, o livro Asas de Pirilampo, primeiro livro-voo da Passarinho, um ninho que publica livros para crianças e jovens. Com certeza, um dia inesquecível para mim como profissional, sobretudo, como ser humano que ama a palavra e a literatura, esta que salva e vivifica vidas. Um dia luminoso que recebi de presente da Maria Helena, e que hoje assopra mais uma velinha do bolo da vida, por isso o blog Passarinho volta hoje para homenagear essa mulher catarinense adorável que escreve para crianças e deseja um mundo mais possível, mais igualitário, mais verdadeiro e mais poético.

Passarinho, como editora, nasceu em setembro de 2014 com o grande desejo de publicar uma obra que encantasse o coração das crianças. Para minha surpresa, Asas de Pirilampo encantou as crianças de todas as idades, o que para um editor como eu é uma grande alegria da vida! Realmente foram meses de trabalho árduo, mas também de afeto e paixão, e no final de 2014 a pequena bailarina e sonhadora Sofia nasceu. Palavras de Maria Helena Bazzo chamaram para si as ilustrações belíssimas do artista Santiago Régis, a diagramação delicada de Rodrigo Braga, a apresentação da escritora Rosa Amanda Strausz e a quarta capa do bárbaro Renato Moriconi. Rosa Amanda e Renato queridos, mais uma vez, recebam o meu obrigado eterno!

Maria Helena, hoje é seu aniversário. Que todo o seu amor às crianças volte em dobro. Que o amor, a saúde, a alegria e a literatura para infância sempre estejam ao seu lado. Muitíssimo obrigado por tudo, pelas asas, pelos pirilampos e pelo voo! Um beijo.
Feliz 20 de fevereiro de 2016!

1a imagem: Maria Helena Bazzo no lançamento de Asas de Pirilampo, em Joinville/SC.
2a imagem: Maria Helena Bazzo no lançamento de Asas de Pirilampo, em Capinzal/SC.


Meus livros para a infância neste Natal!

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Amigos, Passarinho retornará em 2015, mas como ele recebeu muitos livros, no ninho em 2014, seguem aqueles que encantaram e iluminaram o seu coração. Feliz Natal e um 2015 maravilhoso para vocês!

Breve história de um pequeno amor (FTD), de Marina Colasanti e Rebeca Luciani.

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Bárbaro (Companhia das Letras), de Renato Moriconi.

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A poesia da primeira vez (Globinho), de Stella Maris Rezende e Laurent Cardon.

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Papel de gente (Unoesc), de Maria Helena Bazzo e Walther Moreira Santos.

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Manifesto do Sonhador (Pólen), de Regina Gulla.

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Rua Âmbar (Formato), de Eloí Bocheco e Márcia Cardeal.

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Minha avó tecia o mundo (ws editor), de Pablo Morenno, Carla Furlanetto e Maria Helena Furlanetto.

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Passariques do meu quintal (Globinho), de Blandina Franco e José Carlos Lollo.

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Belizbel (Paulinas), de Luciano Pontes.

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Orie (pequena zahar), de Lúcia Hiratsuka.

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O fio (Escala), de Suppa.

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Mel na boca (Cortez), de André Neves.

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Mais encantos:

Contos que ninguém te conta (Carochinha), de Marco Hailer e Lais Dias;

Os rabiscos do mundo (Galerinha Record), de Ricardo Benevides e Guto Lins;

O menino que tinha medo de errar (Escrita Fina), de Andrea Viviana Taubman e Camila Carrossine;

Os doze trabalhos de Hércules (Cortez), de Marco Haurélio e Luciano Tasso;

Rita tem medo (Abacatte), de Christian David e Rogério Coelho;

A volta do garoto (Peirópolis), de Jorge Emil e Renato Moriconi;

Máquinas do tempo (Callis), de Romont Willy e;

A corda que acorda (8Inverso), de Cássio Pantaleoni e Tayla Nicoletti.

Todos estes 20 livros-encanto ganharão uma resenha no ninho.

“Feito de areia e mar de saudade”

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Andres e Tatiana TANTO MAR

 

TANTO MAR (Galerinha/Record), livro primoroso da escritora Tatiana Salem Levy e do ilustrador Andrés Sandoval, mexeu comigo pela escrita que fica, pelas imagens inovadoras, e principalmente pela ida paterna... Thaís, nossa menina protagonista, viu o seu pai “encantar”, e eu sempre vou achar que os nossos amores não deveriam ficar encantados jamais...

“Numa madrugada escura, o pai de Thaís saiu para pescar e nunca mais voltou. “Deve estar lá no fundo. Aprendeu a nadar e gostou do que viu. Encantou..."

Sempre que ia à praia catar as coisas do mar, ela imaginava que um dia as ondas trariam o pai, com rabo de peixe que nem sereia. Mas esse era um segredo que ela guardava escondido, não contava a ninguém.”

TANTO MAR começa com “Era uma vez” nos fazendo mergulhar na vida da Thaís, numa ilha muito distante. A ilha não tinha nome, e nela não havia luz elétrica, televisão, celular e nem internet. Mas havia areia, caranguejo, guará-vermelho, silêncio e pique-pega! A nossa menina tinha uma brincadeira que era só dela: gostava de catar as coisas que o mar trazia... concha, lula, estrela-do-mar, cavalo-marinho... e também coisas inusitadas como latas de refrigerante japonês, sapato furado, chocolate angolano, chapéu mexicano... e as fotos molhadas que Thaís botava pra secar ao sol.

“Na praia do sul, Thaís era muito triste e muito feliz. Era muito sozinha e nunca estava só.

Quando alguém lhe perguntava o que queria ser quando crescesse, ela respondia: Quero ser mar.”

O tempo foi passando, e Thaís continuava gente, não ganhava rabo de peixe, nem barbatanas. A ilha encurtou e ganhou luz elétrica, mas nem tudo fica iluminado, pois o pai não voltava, com tanta descoberta que o tempo trazia, Thaís acabou por descobrir também que o pai não ia voltar. Não adiantava catar coisas na areia, conversar com as estrelas, não adiantava pedir para o mar trazê-lo de volta. O tempo do pai já tinha passado. Nesse momento, a nossa menina percebeu que o perto não lhe bastava mais... ela necessitava do longe.

Confesso que não sou tão resignado como a personagem de TANTO MAR, ainda mais quando o assunto são as perdas terríveis da vida, quando o mar nos traz águas um tanto quanto agitadas... Como disse Andrés Sandoval, esse livro é feito de areia e é verdade. Feito de areia e  mar de saudade.

Entrevista com Tatiana Salem Levy

www.youtube.com/watch?v=SrBwPys8Wio

BIO TATIANA SALEM LEVY

“Nasci em Lisboa, mas tinha menos de 1 ano quando vim para o Rio de Janeiro, onde moro até hoje. Desde pequena, eu gostava de ouvir e contar histórias, e foi por isso que decidi ser escritora. Comecei pelos livros de adulto. Meu primeiro romance se chama ‘A chave de casa’.

Com ele, ganhei o Prêmio São Paulo de Literatura 2008 e viajei para muitos países. O segundo se chama ‘Dois rios’. O terceiro ainda estou escrevendo, e por isso não posso contar o nome. É segredo.

Em 2012, comecei a escrever para crianças e, vejam que sorte, ganhei o prêmio de escritora revelação da FNLIJ com o livro ‘Curupira Pirapora’.

A ideia para ‘Tanto mar’ surgiu no dia em que conheci uma ilha muito distante, repleta de histórias mágicas. O lugar era tão lindo que fiquei com vontade de falar um pouco dele para vocês.”

www.record.com.br/autor_sobre.asp?id_autor=283

BIO ANDRÉS SANDOVAL

“Nasci em 1973 e moro em São Paulo, onde trabalho como artista gráfico. Cursei arquitetura na Universidade de São Paulo, mas trabalho bastante com livros.

Em ‘Tanto mar’, minha proposta não foi desenhar a personagem por inteiro, mas usar as ilustrações como se fossem a própria visão dela. Ao longo da história, o horizonte vai aparecendo para o leitor.

Ah, e o livro, apesar dos azuis, é feito de areia.”

www.andressandoval.com

O outono chega com mais editoras parceiras! :)

Sejam bem-vindas ao ninho, Carochinha, Cosac Naify e Galerinha/Record!

Vejam quem chegou de Bragança Paulista! Henriette, mais uma vez, obrigado de coração pela delicadeza!

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Agradecimentos:

A todos que me emocionaram com compartilhamentos no facebook e com comentários belíssimos sobre o texto “Anete e seu passarinho adorável!”, principalmente estes dadivosos, que tiveram a gentileza de postar no PASSARINHO as suas impressões:

Vinícius Linné, Ronize Aline, Karin Krogh, Adeilson Salles, Henriette Effenberger, Agostinho Ornellas, Rafael Mussolini, Pablo Morenno, Joca Monteiro e Ana Benevides.

Um beijo de aniversário para a querida Anna Rennhack!

Renato Coelho

Apaixonado pela Literatura Infantojuvenil.